O curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) passa por uma mudança curricular. Disciplinas foram extintas, outras foram criadas, houve a redução do número de horas/aula diárias, agora com 02h45min (das 19h15min às 22h). A preocupação inicial, de alunos e professores, foi se não haveria uma queda na qualidade com as alterações prestes a serem efetuadas. “Currículo velho X Currículo novo” prometia – e ainda promete! – ser um “cabo de guerra” que renderá “pano para manga” ainda por um bom tempo, pois a própria instituição, em fase de adequação, mostra-se confusa ao dar as respostas às perguntas feitas pelos acadêmicos, desorientados, sem saber, afinal, que disciplinas restam a ser concluídas.
A transição nunca é fácil, mas as opiniões parecem divididas: entre os que veem nisso uma medida necessária ao arrojo e à modernização e outros que consideram a decisão um ato desesperado de uma instituição que se vê frente a uma concorrência feroz e, justamente por isso, precisa recorrer a ações para fazer frente aos competidores. Modernidade e qualidade, porém, são conceitos a ser analisados em sua totalidade. Exclusão de cadeiras, demissões de professores e redução na carga horária são efetivas somente se há o investimento em infraestrutura, algo lamentavelmente precário em alguns laboratórios do curso de Comunicação da UCPel, com computadores de capacidade insuficiente à prática de uma área onde o uso de tais ferramentas é indispensável. O tempo dirá se a qualidade poderá vencer a necessidade de se manter no mercado a qualquer custo. Particularmente, creio que a resposta será negativa, lamentavelmente.
Por Fábio Garcez
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